sexta-feira, 22 de março de 2013

20 Anos de CCB



Esta tarde tive o enorme prazer de assistir ao colóquio de celebração dos 20 anos do Centro Cultural de Belém. O evento contou com a participação de ilustres figuras do mundo da cultura e da arquitectura, que deram uma visão alargada e muito interessante do edifício e da sua relação com a cidade.

É, desde logo, curioso celebrar-se o aniversário do CCB no dia de início da Primavera e também dia da Felicidade. Foi, sem dúvida, um dia de festa. Falou-se na necessidade da criação da marca Belém e de um centro interpretativo que revelasse a importância histórica e simbólica deste lugar e que indicasse aos visitantes todas as atracções, museus e equipamentos que compõe esta área e que são imensos, desde o Mosteiro dos Jerónimos, Museu dos coches, CCB, Padrão dos Descobrimentos, Palácio da Ajuda, e muitos outros.

Enquanto edifício, o CCB foi construído sobre uma grande polémica e contestação pelo seu carácter demasiado rígido, que obscurecia a beleza do Mosteiro dos Jerónimos. Nuno Grande considera o CCB a primeira obra de regime da democracia, precisamente pelo seu carácter monumental. O edifício, da autoria da dupla Greggoti/Salgado, pretendeu desenvolver uma “microcidade” à beira rio, que servisse não só como confrontação da Praça do Império e da frente ribeirinha, mas como organismo que gerasse as suas próprias dinâmicas.

Para Jorge Figueira, o CCB não resulta de uma reflexão momentânea aquando da realização do seu projecto, faz parte de um entendimento muito claro do passado e do significado de Belém. A sua monumentalidade mostra claramente a necessidade de reafirmação de Lisboa enquanto capital e de um polo essencial na vida da cidade.

Esperemos que continue a servir a cidade de Lisboa com a diversidade e qualidade de programação que nos tem habituado e se adapte positivamente aos desafios futuros.

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