sábado, 27 de abril de 2013

O velho que lia romances de amor


O velho que lia romances de amor, de Luis Sepulveda, é um livro que, com pouco mais de 100 páginas, consegue transmitir mais do que toda a obra junta de muitos autores. As palavras são aquelas, têm de ser exactamente aquelas e se retirarmos ou alterarmos qualquer um delas, alteramos toda a envolvência das frases.
O livro retrata a história de José António Bolivar e a sua relação com a grande floresta amazónica, as suas tribos e a ação destrutiva do homem na captura das suas riquezas naturais. Sepulveda, com o seu poder descritivo e sensorial, transporta-nos para dentro da selva, mostra-nos toda a riqueza da sua fauna e flora, faz-nos sentir os cheiros intensos das plantas e flores, os sons únicos dos animais, a humidade e a terra debaixo dos pés. 
Um livro que me absorveu de início ao fim, e me deixou um profundo desgosto quando terminou, por querer mais. Há bastante tempo que não encontrava um livro que me cativasse tanto e deixo, por isso, a minha recomendação.

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